E começa...

O lugar era pouco iluminado, o chão de madeira rangia com seus passos, algumas brechas permitiam que você conseguisse ver o solo mais abaixo, a pequena vela que ilumina o lugar treme sem haver uma unica corrente de ar, os moveis(cadeira, mesa de jantar e porta louças) somem da sua vista. A luz se apagou...

e agora?

O som do seu coração é fortemente ouvido por ti, gotas de suor começam a se formar em sua testa, escutas algo cair no chão...


o que fará?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Monstros!

O nosso querido RPG, graças a Deus, é um jogo aberto.

Apesar do preconceito e da difamação na mídia, qualquer pessoa que tenha acesso e principalmente dinheiro (infelizmente ainda não existe uma editora que faça livros de graça de RPG), pode comprar um livro e aprender e jogar.

Mas, ai surge uma questão: quando o mestre e os jogadores têm os mesmo livros, as informações que o mestre poderia querer esconder naquele jogo ficam livres para todo jogador que sabe onde procurar!

Eu pensei nisso lendo uma matéria da minha “Dicas de Mestre” volume único (que ganhei de uma das pessoas que mais amo no mundo, junto com um d10 de Vampiro. Mil bjos Karin^^), e acho que como não é todo mundo que tem, resolvi escrever sobre isso para ajudar os outros mestres daqui.

Quando o jogador tem acesso às mesma informações que o mestre, algumas surpresas acabam se estragando, e ai a aventura perde um pouca da sua graça.

E qual é a principal informação que os jogadores querem ter acesso e acaba com as surpresas?

R: Os Monstros

Tem livro mais manjado nesse mundo do que o livro dos monstros de D20?

A questão é simples: a maioria dos jogadores cedo ou tarde se tornam mestres, e mestres precisam de monstros em sua campanha, e isso faz os jogadores/mestres terem o livro dos monstros em suas casas, para usar esses monstros na sua aventura, tem que se conhecer suas estatísticas, e com tempo eles decoram isso e acabam usando tudo isso na aventura do outro mestre.

Ou seja, o jogador 'espertinho' nunca vai ser pego pelo sopro de gás petrificante de um Gorgon porque decorou a ficha do monstro.

E a surpresa do mestre na aventura 'foi pro saco!'

Apesar da terceira edição do D20 permitir criar ogres monges, orc´s magos e Kobold´s Barbaros e outras combinações que podem surpreender os aventureiros (no 1° turno apenas, porque depois eles já sabem o que é), fazer o mesmo com monstros é mais complicado. Apesar de existir regras para isso, elas estão em suplementos importados, caros e em inglês, como por exemplo: O “Savage Species”.

E, apesar de existir a progressão dos monstros, isso também não ajuda. Por mais forte que seja um cubo Gelatinoso, o poder dele vai ser sempre o mesmo.

Alternativas

Como disse, li isso no “Dicas de Mestre”, e pus em prática e acredite: Deu certo e foi legal. O mestre pode pedir para o jogador fingir que não conhece o monstro, afinal nunca o enfrentou na vida, então como vai saber sobre o monstro? Ele diz que ouviu falar, mas e dai? Informações reais são raras, e ai nos pegamos numa situação até engraçada:

Imagine na taverna os PJ's (jogadores) perguntando sobre um Gorgon, e ai um dos npc que apanhou (e muito) de um Gorgon, vai dizer que é um monstro terrível, que é invencível, com suas garras(?) aterradoras e etc, etc, vai aumentar (e muito) as habilidades do monstro.

Já um outro, que derrotou um Gorgon, vai dizer que o monstro era fraco, que suas habilidades não eram de nada, tudo pra dizer que um grande guerreiro como ele sobrepujou o monstro facilmente.

Ou talvez seja tudo ao contrário, mas vocês entenderam a idéia. Então informações de taverna sobre um monstro não são muito confiáveis. Só ainda não descobri como 'driblar' o tal do Conhecimento do Bardo. A outro modo, é mudar a cara do monstro, sem alterar estatísticas e números.

Aconteceu uma cena engraçada na minha mesa de jogo, com o meu 'The Problem'. Um dos jogadores tem o Livro do Monstros para 3D&T, e eu tenho o livro dos Monstros para Daemon e 3D&T, o que no caso, só muda os números, mas os poderes são os mesmo. E estávamos conversando sobre um monstro que injeta um larva de si mesmo no inimigo (neste caso os pj), e o Jogador Ober disse sobre esse monstro, e eu disse:

- Você vai encontrar um desses.

E ele riu quando eu completei:

- E você nem vai saber que é ele.

Ele parou de rir e fez uma cara 'me ferrei!' tão engraçada.

Por quê? Porque ele conhece a descrição do monstro, e se ouvisse essa descrição ia saber como se proteger do monstro, mas na hora que disse que ele não reconheceria o monstro, então ele não vai ter como usar o conhecimento do monstro a seu favor.

Outro que é interessante no mundo de Tormenta é o Carrasco de Lena, um lagarto com uma espécie de chicote na cabeça, o legal dele é que ele só recebe dano com magias de cura.

Um monstro que todo mundo no meu grupo está cansado de conhecer.

Na vez que eles enfrentaram o Carrasco de Lena na minha mesa, que foi só um passatempo na verdade, era mais para zoar, ele apareceu com a aparência de um rato com a cauda meio laminada e cheia de farpas.

Não mudei um número da estatística do bicho. Não mudei um poder dele. Mas, eles só se ligaram que era o Carrasco de Lena na hora que eu disse para eles, depois que eles já tinham corrido do bicho. Se eles soubessem que era o Carrasco, a luta teria sido completamente diferente. E com o passar da aventura, eles enfrentaram uma seqüência de monstros conhecidos, que eles não sabiam que eram, e isso devolveu a surpresa ao jogo (e o medo dos aventureiros).

Então concluímos algumas coisas com isso tudo:

A primeira é que eu amo de paixão a moça que me deu o “Dicas de Mestre”. Mil bjos Karin!^^

A segunda, é que pensar um pouco e mudar só alguns detalhes do monstro vão acabar com jogadores apelões e trazer aquela surpresa legal de quando todos jogadores eram iniciantes e é bem mais barato que um suplemento importado.
Boa sorte para você e um bom apetite para os seus monstros.

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